segunda-feira, 30 de julho de 2007

Hotel de Ville

Sempre lia alguma citaçao sobre o hotel, mas sempre simples citaçoes, nada de muito importante, apenas mais um prédio bonito de Paris. Mas vou contar um pouquinho melhor como foi meu encontro com o Hotel de Ville.
O conheci no mesmo dia em que fui tirar fotos da Notre Dame. Fiquei lá a tarde, vi o sol descer pelo Sena. A mudança de luz na igreja, no rio, na cidade, era fantástica. Tirei as fotos, vi o showzinho, no melhor estilo Ramblas, de um povo que mexia com fogo (cuspia, brincava, fazia malabares - só nao sei se fizeram xixi na cama depois), tudo super lindo.
Na hora de ir embora, eu sempre me confundindo com os mapas, fui um pouco mais longe da estaçao de metro que deveria ter entrado, mas foi o melhor que aconteceu naquela noite. Estava caminhando beirando o Sena, até que ele apareceu. A única coisa que conseguia pensar era: gente, que bonito, gente que bonito, gente que bonito. E depois passou para: mas que lugar é esse? Que lugar... Era o Hotel de Ville.
Enoooorme, e todo iluminado, o prédio lembra aquelas estaçoes de trem que sempre aparecem em brinquedos de criança, as paredes clarinhas e o teto escuro, e algumas partes do telhado mais a frente ou acima do resto, lembrando mini-torres.
O prédio foi palco de várias intervençoes francesas pela história. Abrigou o exército de Napoleao em volta das batalhas, viu a proclamaçao da terceira República e foi incendiado pela Comuna de Paris. Hoje ele é sede da Prefeitura.
O último pensamento foi: como ninguém fala que é tao lindo ??? Como... enquanto olhava para o "Liberté, Egalité e Fraternité" na fachada.

Flanar

Se alguém me pedisse qualquer dica de Paris, eu diria apenas: sai andando. O mais legal da cidade é flanar, caminhar sem rumo, porque sempre algo maravilhoso vai aparecer.
A cidade inteira é linda, e tem proporçoes que desconhecemos. Prédios simples, que nao comportam nada de muito especial sao gigantes, totalmente diferentes de Sao Paulo, ou qualquer outra cidade do Brasil que eu já tenha passado.
E foi nas minhas andanças que encontrei o Pantheon, a Sourbone. A sensaçao de se andar por pédios baixos, e de repente, se deparar com uma cúpula dourada, que abriga os grandes homens da França, ou a faculdade que você gostaria de estudar (hihihi) é maravilhosa.
Agora olhem que engraçado. Em volta da Sourbone, todas as lojinhas têm o nome de algum filósofo ou pensador francês. Encontrei a livraria Descartes, a praça Foucault. Impossível nao lembrar do Lira, meu antigo professor de sociologia.

sexta-feira, 27 de julho de 2007

Fotos de Paris

Pessoal
Uma passadinha rápida em Barcelona antes de ir pra Madrid.
E, com a pausa, posso aproveitar o computador para colocar fotinhos de Paris no Flickr.
Tive que criar uma conta nova (o site só permite umas 200 fotos por pessoa, depois tem que pagar), e o endereço novo é:
Besos Chic@s.

segunda-feira, 23 de julho de 2007

Resumao.

É gente... já haviam me dito que fazer mochilao nao era fácil, que fazer sozinha era pior ainda, mas nao imaginava que era tanto trabalho. Desde que me ausentei, milhares de coisas aconteceram. Coisas ótimas, mas as ruins também estao aparecendo com uma frequência maior do que gostaria.
Em Amsterdam eu fui roubada. Estava no café do Hostal, com a minha bolsa na cadeira ao lado. Como estava saindo (ia pra Paris em umas três horas), já tinha feito check out e estava com TUDO lá dentro. Levantei pra pegar um café (ah ah) e quando voltei minha bolsa nao estava mais.
Corre pra Polícia. Demorei pra acreditar no que tinha acontecido, e ia lembrando aos pouquinhos as coisas que estavam lá dentro: meu passaporte, AAAAAH minha câmera, minha boneca da Frida Kahlo !!!!
A Polícia de Amsterdam é outro nível. Acho que se fosse rica, e estivesse no melhor restaurante de Sampa, nao teria sido tratada tao bem. Cancela cartoes, liga pra Embaixada (pra tirar um novo passporte teria que ficar mais tres dias naquela cidade - um pesadelo - a única coisa que queria era ir embora).
Corre procurar net, tenta mudar o vôo pra Paris, mas só poderia fazer isso com o número de algum cartao. Consegui, porem tarde demais, e perdi o vôo.
Depois de um tempo recebi um email da Policia de Amsterdam (estou dizendo que eles sao firmeza): tinham encontrado minha mochila. Meu passaporte estava lá, minha boneca tambem, mas nada de câmera = ( Portanto, nao me peçam fotos de Amsterdam, nao as tenho.
A coisa boa foi que, com o passporte, poderia ir embora no outro dia. Entao, vou de trem rumo a Paris (outra coisa ótima, a passagem de trem saiu mais barato que trocar o vôo). Nesse trem conheci uns mexicanos: Laura, Enrique e Ruben. Iriam ficar em Paris por três dias, e foram uma ótima companhia.
Paris é maravilhosa (nem vem que nao tem, senhorita Juliana). Os monumentos sao de um tamanho inigualável, eu nunca tinha imaginado prédios tao grandes. A Torre Eiffel entao, tem uma energia tao grande, mas tao grande, mas tao grande que achei que a qualquer momento ela iria se mexer, JURO ! Ia comecar a mexer as perninhas e a dançar, como nos desenhos animados.
E estava tudo ótimo, até um colombiano filha da puta mijar na minha mala. Estava no albergue, minhas coisas no chao, e um cara muito bêbado era um dos meus companheiros de quarto. Eles chegaram causando, falando alto, acendendo luz. Até aí tudo bem, porque você está em albergue e se submete a esse tipo de coisa.
Mas eis que chega três da manha e eu escuto: xiiiiii. O CARA ESTAVA MIJANDO NAS MINHAS COISAS !!!!!!!! Filha da puta. A partir daí foi farofa. Corre pra recepçao, os caras sao expulsos do albergue (grande coisa, só iam ficar uma noite mesmo). Eu tive que mudar de quarto, acordar cedo e lavar minhas coisas. Tive que pagar pela lavagem (pq o albergue deu uma de "Joao sem braço", como diz minha avó).
Gente, eu sei que depois que tudo isso passar eu vou acabar amando essa viagem. Eu estou amando na verdade, mas esta difícil viu. Mesmo com tudo isso, esses caras ainda nao estragaram Paris, pra voces terem noçao de como amei essa cidade.

sábado, 21 de julho de 2007

Paris

Gente, perdoe a ausência e o post que será mínimo, mas aqui a net é moooooito cara.

Quando voltar a lugares baratos eu escrevo mais.

Só digo o seguinte, quanto a Paris, sabe os monumentos que você imaginou?
Multiplica três vezes o tamanho deles, o olho até dói pra tentar fazer caber tudo.

Beijos

domingo, 15 de julho de 2007

Amsterdam

Gente. O texto de agora nao é jornalístico, e nem venham falar em erros de português, tenho meia hora e quero contar o que já passei por aqui, entao lá vai:
A Holanda é realmente a Holando que imaginava, sabe aquela dos chocolates Milka e moinhos de vento. Amsterdam visto de cima é quadradinha e organizada... e verde. Nao cinza e um caos como Sampa.
Nossa... pra chegar até a cidade foi uma loucura. Check in, nao quero despachar a mala. PUTA QUE O PARIU, as regras das bagagens de mao. Volta pro check in, "fura a fila", despacha a mala. Vooooa pra Amsterdam.
Chegando lá, tento agendar hotel, ou pelo menos uma lista de albergues do aeroporto. Ih, está tudo cheio (nessa hora o desespero bateu mesmo). "Você pode andar pelo centro que tem um monte de hoteis que nao estao na nossa lista", disse a menina simpática do aeroporto. Vixi, o aeroporto é longe do centro, e eu ainda nao tenho hotel. Tá, entao vamos comprar bilhete do trem para ir pro centro. Ih, num tenho moeda, e vai pra la e vai pra cá AAAAAH e a mochila pesando horrores.
Consegui moedas, consegui o bilhete. O trem parte em três minutos. TRÊS???? Corre pra plataforma. Procura procura procura. Achei a plataforma, o trem ja tinha partido, mas descobri que podia pegar o próximo... UHU.
Anda anda anda. Consegui ! Um albergue, barato e com café da manha incluso. A mochila da minha cabeça passou a pesar menos, agora era só a das costas. Procura o hotel, encontra o hotel. Nas andanças eu vi muitos coffe shops, senti muito cheiro de maconha e ainda vi as prostitutas na vitrine !!!!
Albergue. Agora, bora avisa pro povo que esta tudo bem. Come e dooorme. Nao dava pra fazer mais nada a tarde, pelo menos nao se eu quisesse fazer algo a noite.
Descansada, já posso fazer algo. Rodei por perto do hotel, fui na casa da Anne Frank.
Gente, em Amsterdam o povo é mais louco que o Batman, os que usam drogas e os que nao usam nada. Todo mundo é meio doido, nem consigo explicar. Posso tentar outro dia, que tiver mais tempo, porque agora só tenho "7 minutes left".

quinta-feira, 12 de julho de 2007

Los Krokodillos

Eis que estou caminhando pelas ruas de Barcelona e vejo um piano, assim, lá no meio. Ainda caminhando vejo um moço mexendo num instrumento que parece ser um banjo e um outro cara com colete esquisito, que lembrava aqueles instrumentos que as crianças tocam na aula de música na quarta série (pelo menos eu tocava).
"Eita!" pensei, "eles vao fazer uma jam session". O bom de férias é isso, nenhum compromisso, nada te apressando, parei pra ver o showzinho deles. Apareceu mais um moço com uma tuba e uma menina tocando clarinete (genten, perdoem qualquer erro aqui, eu nao manjo nada de instrumentos, entao se disse alguma bobagem, me corrija, mas sem julgamentos, por favor).
O show deles foi ótimo. O cara que tocava o suposto banjo também cantava, fazendo caretas e imitando sotaque bem do sul dos Estados Unidos. Haviam os que passavam e ainda diziam "olha, ele está cantando", tamanha era a surpresa que tinham por escutar aquele som tao diferente. A platéia que se aglomerou pelo calçadao de vez em quando soltava gritos e acompanhava o grupo com palmas.
A cada solo, o público conseguia notar o talento dos músicos que estavam por ali, e cada vez mais moedas eram deixadas na caixa do banjo. Crianças cheias de vergonha depositavam seu troquinho, incentivadas pelos pais, que estavam adorando o som. Os jovens que estavam passando também nao deixavam por menos.
A menina do clarinete, vez em quando, mostrava os cds da banda, para quem quisesse comprá-los. Até que a certo momento notei uma senhora muito empolgada com a música. Ela era toda simpática e tinha uma bolsa com uma versao pop arte do coelhinho da playboy, o que me chamou muita atençao, "que prafrentex a velhinha" pensei.
A velhinha ia se empolgando cada vez mais, e certa hora ela ficou ao lado do piano, começou a mexer nas coisas, pegava alguns cds, faava algo com a menina do clarinete, que nao respondia pois estava com o clarinete na boca. (Olha, a velhinha quer comprar o cd, que bacana. Mas ela nao poderia esperar um pouquinho? Agora a moça num pode responder). Nessa hora a velhinha ja estava com os dedinhos no piano (Geeente que velhinha louca). Desistiu de tocar, pegou os cds de novo e começou tentar vender (aaaaaah, ela está com eles).
A banda fez muito sucesso na calçada em que estava. E a velhinha foi alvo de diversas máquinas fotograficas, além de vender alguns cds.
Fotos de Los Krokodillos no Flickr.

Baladas

Tenho que admitir que nao estou fazendo muitas baladas. Sair eu saio em Sampa, e com os meus amigos, companhia inigualável. Mas encontrei uns picos por Barcelona, que coleeeega, fretaria um aviao, só para a tchurma toda poder vir.
A primeira que fui foi o Razmataz. Enorme, enorme, enorme. Tinham sabe Deus quantas pistas, todas com músicas diferentes e funcionando de forma independente. Senti que o Razmataz tem um esquema para agregar todos os gostos, e gringos, de Barcelona. Eu acabei ficando numa pista onde estava rolando um showzinho de punk rock com uma chica que se vestia como a Nina, com vestidinhos anos 70. Nao gostei muito, acho que por causa da minha pequeneza nao fico muito confortável em lugares assim. hahaha
O que gostei mesmo foi o que chamamos de Augusta Barcelonesca. Ali no centro, em uma das muitas travessas da Passeig de Grácia. Um espaço, que algns chamam de praça, Plaça del Sol. Sem bancos, vi apenas um quadradinho, alguns degraus, um chao com um piso liso e com muitas pessoas sentadas nele. Hippies, os que nós chamamos de modernos, mas que aqui na Europa é comum mesmo, todos tomando cerveza vendida pelos indianos por 1 euro, alguém quer vida melhor? Em volta desse quadradinho havia muitos bares, entre eles o Eldorado (em letras neon!!!!), o que eu escolhi pra entrar. Lá dentro tinha só a nata de Barelona, ou o que eu considero a nata, e os que conhecem meu gosto podem imaginar o público. Gente esquisita, música imitaçao de Shakira, espelhos e um palquinho, que de acordo com o Daniel, é disputado a tapa pela galera com o teor alcólico um poco mais alto hahahaha Adorei.
A outra foi uma surpresa. Em plena segundona, depois de comer, resolvemos (a equipe, né?) ir para algum lugar para ficar em pé, o cansaço era tanto que estavamos com medo de dormir na mesa. Vamos ao Clube 13? Claro. Paredes vermelhas, lâmpadas lindas e ao colocar os pés no local escutamos nada mais, nada menos, que Madonaaaaaa, Material Girl. AAAAAAAhhh. A partir disso vieram mais e mais clássicos dos anos 80. Ótimo. Acabamos saindo de lá uma três da manha, que foi a hora que o lugar fechou, e voltei saltitando pra casa, a pé !!!!
Em Bacelona existe uma lei do psiu, mas funciona um pouco diferente da de Sampa, ou Osasco hahaha. Ela começa às três da manha, e só podem ficar abertos os bares e baladas que têm uma licença da prefeitura, que é caríssima. Alguns bares só fecham as portas e continuam funcionando para os amigos, o que dá um clima de Lei Seca estado-unidense. Você chega, bate na porta, (diz a senha hahaha), alguém abre, e após você entrar, a porta se fecha rapidamente.

quarta-feira, 11 de julho de 2007

Amsterdam

Parto dia 14.

Passagens compradas, e mochila semi-pronta.
Os coffe-shops que me aguardem, e as ruas de vitrine também.

besos

segunda-feira, 9 de julho de 2007

Anarquia


Como vocês sabem, a Espanha teve um movimento anarquista muito forte, principalmente na época da Guerra Civil. Hoje em dia admito que nao sei como está o movimento, mas ainda vemos resquícios anarquicos pela cidade.

Quando estava no parque Guell, mais uma das artes de Gaudí (Bárbara, esse sim, diferentemente do Niemayer, carimbou a cidade tooooda), fui caminhando pelas trilhas para chegar ao mirante. Eis que estou olhando a cidade lá em baixo, e em uma das casas havia algo escrito nas telhas. Pensei: nossa, que inteligente, eles estao usando a própria casa para chamar atençao, bacana. Mas foi quando li o que estava escrito que me emocionei.

"Okupa y Resiste" em letras brancas com contorno terra. O terraço da casa tinha duas bandeiras: uma grande e negra, e outra branca com um coraçao negro, hasteadas.

Procurei a casa pelas redondezas mas nao consegui chegar a ela, o que nao significa que nao vou tentar de novo.

Ainda vi outras intervençoes de movmentos sociais mas está um pouco difícil conseguir informaçoes deles. Encontrei uma associaçao anarquista dos estudantes de uma faculdade daqui, mas estava fechada.

Férias sao as mesmas no mundo todo hehehe.

domingo, 8 de julho de 2007

Casa Batló

A casa Batló é mais uma das obras de Antoni Gaudí aqui em Barcelona (quando digo que tem muitos prédios dele aqui, eu nao estou brincando). Construído para uma família bem rica, entre 1904 e 1906, o edifício é super inovador.
Feita para parecer o fundo do mar, o arquiteto conseguiu transparecer a sensaçao de água, ondas, e animais marinhos, fosse no piso trabalhado em forma de polvos e estrelas-do-mar, na parede que tem desenhos que lembram escamas, ou na estrutura, que nao tem uma única linha reta (mentira, no terraço tem UM corredor em que as janelas sao retas, mas só lá).
Gaudí deixa bem claro que aquela casa foi projetada para rpoporcionar a sensaçao de entrar em um mundo a parte. A lareira é em forma de cogumelo, a base da escada lembra a espinha dorsal de um peixe. As janelas sao enormes, para aproveitar a luz natural, e os mosaicos estao sempre presentes.
A fachada também é muito diferente, e ressalta em meio aos prédios comuns que estao ao seu lado. Alguns dizem que as sacadas, cheia de ondas e ferros retorcidos, lembram ossos, e por isso a casa era chamada de Casa de los Ossos, mas pra mim parecem máscaras, no melhor estilo "Fantasma da Ópera".
Lindo !

Vamos a la playa

Ôhôôôô.
Finalmente eu fui a praia. Sim, porque Barcelona é uma cidade praiana, por menos que pareça. Um fato curioso é que a cidade negou a praia por muitos anos, foi construida com uma estrutura que dava as costas para o mar. Por esse motivo, no centro, você só nota a praia quando sente um cheirinho de mar (que eu acho que vem da fonte da praça Catalunya, mas ainda nao consegui comprovar o fato), ou quando vê pessoas passando pelas ramblas de biquini embaixo da blusa, chinelos e esteiras.
A praia daqui de Barcelona é diferente. A areia é mais grossa, e tem muitas pedras de várias formas e cores. O mar é gelaaaaaado, e as pedras que estao na areia, estao dentro dele também (meu pé, que recebeu uma pedrada enquanto dava um oi por mar, é quem sabe), mas a cor dele é tao diferente dos mares brasileiros. Parece que no Brasil o azul, quando é escuro, é mais marrom, enquanto aqui o azul fica escuro mesmo, como nos lápis de cor.
A praia estava lotada. Muitos ingleses aproveitam promoçoes de cias aéreas para vir à cidade. Muuuuita menina fazendo topless, o que na Europa é super natural. Ninguém sequer repara, e quando tem alguém encarando, pode ir conferir que a chance de ser brasileiro é enorme hahaha.
Minha experiência de praia se resumiu a uma saladinha saboreada com uma vista ótima, uma caminhada na areia, e pezinhos na água. Estava cheia demais pra tentar se aventurar mais que isso.

sábado, 7 de julho de 2007

Sala Montjuic

Quando terminei de ver o queria em Montjuic, pensei que nao voltaria mais ao monte. Mas o monte me chamou, e me surpreendeu de forma incrível. Nos veroes, aqui em Barcelona, acontece a Sala Montjuic, um festival que mistura pic-nic, shows de música, curtas e longas- metragens, exibidos no jardim do Castelo!
Muitas pessoas estendidas em esteiras, cangas, toalhas e cadeiras pelo gramado. Sacolas com comida, paes, doces, sucos, cervesa e vinho. Mochilas lotadas, bolsas de palha. Muitos jovens hablando, parlando, talking, falando, cada um sua língua, mas todos na mesma sintonia.
O filme da noite: Singing in the Rain (Dançando na Chuva), exibido em uma telinha singela, pendurada em um grande muro de tijolos, construído séculos atrás. Todas as danças, diálogos, até a chuva ganharam outro significado em meio aquele ambiente tao peculiar. A chuva parecia mais molhada, e o "glorious feeling" ficou ainda mais glorioso.
Voltei pra casa mais feliz, bem mais. Melhor que isso, só se voltasse cantando na chuva.

sexta-feira, 6 de julho de 2007

Hichtcock

Os pássaros aqui sao loucos !
Gente, vocês nao tem noçao da loucura dos pombos daqui. Logo no primeiro dia, estava passando por uma pracinha até que um bando deles saiu voando. Velocidade alta, altura: baixíssima, voavam na altura do meu pescoço. E eu pensando que eles iam desviar, que nada! Tive eu que tomar um susto e abaixar até que os bonitos passassem.
Fiquei desconfiada da sanidade dos passarinhos, mas dei um crédito. Até que minha prima me contou que eles sao malucos mesmo. Uma vez ela estava andando e, por nao desviar de um pombo que voava, recebeu uma asa na cara, no rosto. Passar pelo meio da Plaça Catalunya entao, com aquele monte de pombo comendo, nem pensar.
E nao sao apenas os pombos os doidos da cidade nao. Me disseram: quando voce for à praia, dê comida para as gaivotas, mas cuidado que elas podem atacar viu.
Hoje aconteceu de novo. Estava atravessando a rua, levei um baita susto e bora baixar a cabeça de novo. A velocidade em que os dois pombos estavam era enorme, dava até multa.
Ou esses pássaros foram influenciados por Hichtcock, e resolveram atacar a cidade de Barcelona, ou estao se inspirando na crise aérea brasileira, baixa altitude, velocidade incontrolável, vai dar em acidente hein.

Montjuic

O Montjuic é um monte que fica aos redores de Barcelona. Com muito verde (um bom tanto de jardins, inclusive o Jardim Botânico de Barcelona está lá), um castelo e museus super bacanas.
O Castelo de Montjuic (quanta criatividade) fica no topo. Construído no século XVIII, já teve diversas funçoes, ajudou a combater exércitos portugueses, se tornou prisao política na época de repressao à Catalunia (no período do Franco os catalaes foram altamente reprimidos) e hoje abriga um Museu Militar que, dizem por aí, tem a maior coleçao de armas do século XX. Mas eu que nao entrei pra conferir (bleh).
O pátio do Castelo nao deixa de ser um mirante, onde você consegue enxergar uma boa parte da costa de Barcelona e o porto. Gente, é tanto container, mas tanto container, e parecem caixinhas de fósforo. Você fica imaginando quanto produto chinês nao está entrando no país, quanto consumismo hehehe, mas a imagem nao deixa de ser bonita.
Descendo um pouco temos a Fundaçao Miró ! A Fundaçao foi construída um pouco depois da morte do artista e abriga, além de obras dele, fotos e trabalhos de pessoas que foram inspiradas pela arte dele. No prédio tem esculturas de Miró por todos os lados, e muitos dos seus trabalhos de cerâmica. Miró é um dos meus pintores favoritos, os quadros dele sempre me deixaram mais alegre, e visitar uma fundaçao que carrega seu nome, além de ver trabalhos diferentes dele, me deixou mais feliz ainda.
Continuando o caminho encntramos o Museu de Arte Comtemporânea da Catalunya (MNAC que já esta no Flikr). Um predio gigante e lindo, mas as obras nao sao as mais interessantes. Ou isso, ou eu tinha acabado de ver Miró. O que mais gostei de lá foram as fotografias. Uma ala pequena, nada muito chamativo, mas tinham imagens da Guerra Civil, fortíssimas, ótimas. Outra coisa curiosa é que no auditório do museu tem um orgao enorme (na verdade, proporcional ao predio, mas para a minha pequeneza), e fiquei imaginando o som estrondoso de nao deve sair daquilo.
Minha visita ao Montjuic termina por aí. Existem ainda os complexos olímpicos, com piscinas, ginásios e até o Museu Olímpico, mas bah, nao obrigada.
Agora, em um dos muitos jardins que passei tinha o brinquedo mais legal da história, uma mistura de balanço com tirolesa. Sao duas vigas de madeira, com uma certa distância uma da outra, e uma corda ligando as duas. Na corda tem um banquinho, mas nao da pra sentar certinho, a base fica entre as pernas. E depois disso, se jogaaaaa. Você vai parar lá do outro lado, e em segurança, funciona direitinho.

quarta-feira, 4 de julho de 2007

Nit Bus

Gente, aqui em Barcelona tem ônibus durante a madrugada todos os dias.
Nit bus, em catalão, significa ônibus noturno. E nada mais é do que uma linha que passa por toda a cidade madrugada adentro. Funciona normalmente, ônibus para todos os lados (não é um trajeto ou outro não), a cada 20 minutos, e é eficaz ainda por cima.
Barcelona tem hábitos noturnos. As lojas começam a abrir a partir das 9 da manhã, e por causa da siesta, que deixa a tarde vazia, funcionam até às 9 da noite. O happy hour aqui começa tarde, e quem quiser fazer qualquer coisa depois do trabalho terá que passar da meia noite. Nada mais justo que a população receber um sistema de transporte público que supra suas necessidades, o Nit Bus. Como eu queria que todas as prefeituras pensassem assim.
Já peguei o ônibus algumas vezes (tá, depois que descobri que a linha 12 pára do ladinho de onde estou, parei de gastar dinheiro com taxi só porque são 4 da manhã). Mas o complexo de brasileira apareceu de novo quando, às 3 da manhã, perdi o ponto e fui para alguns quarteirões longe de casa. Com um puta medo, fui descendo a pé o percurso, como se já fosse rotina. E não me aconteceu nada, pelo contrário, os gatos pingados que encontrei pelo caminho seguiam seu rumo sem nem notar minha presença.
Mas é melhor não perder o ponto outras vezes, o complexo ainda está forte. hahaha

Complexo de Brasileiro

Tem coisas que você sempre ouve falar de pessoas que vão a países de primeiro mundo, mas só acredita vendo. Uma delas é o trânsito. Para os pedestres, claro, porque para os motoristas é tudo o mesmo stress. Aqui em Barcelona, existem os semáforos para pedestres, em que os motoristas não têm obrigação de parar, mas se você coloca o pé na rua, todos param ! Todos, sem exceção.
Na calçada, os motoristas de carro saindo de garagem se sentem até meio envergonhados de ter usado o espaço que nao é deles por um tempo. Todos sempre dão passagem, e as motos não ficam acelerando como quem diz: passa logo (tá, ainda tem alguns que fazem isso, mas acho que é macho querendo chamar atenção, isso é uma coisa que não muda, não importa o país).
Eu ainda tenho um complexo de brasileiro muito grande nesse assunto. Além de ficar no cantinho da calçada esperando os carros pararem (e eles notam a minha presença e param), fico pensando que na hora que eu fizer algo errado (que nem é tão errado assim, apenas atravessar quando está vermelho para mim, mas não tem carro passando), eles vão me atropelar, em um momento de ética reprimida: eu sempre tenho que fazer tudo certo e ela faz erraaadddoooooo.
OK, eu sei que eles não vão fazer isso. Fazem o certo porque é certo, e porque foram ensinados assim. Mas que eu penso, eu penso.

terça-feira, 3 de julho de 2007

Sagrada Família - parte 2

Olha eu aqui, mais uma vez falando da Sagrada Família. A parte 2 do post incui algumas informações que não consegui sacar na primeira vez que fui, além da subida à torre.
A igreja se divide em dois murais, ou melhor, em dois principais, que estão em lados opostos do prédio. Um narra o nascimento de Cristo, e o outro a sua morte na crucificação. O nascimento, por incrível que pareça, é muito mais sombrio, com traços mais góticos. O segundo mural, da morte, tem expressões mais fortes, mas traços mais amenos.
Dentro da igreja é uma confusão. Cheio de andaimes, pedreiros, barulho de máquinas e turistas, tirando milhoes de fotos (eeee e eu era uma delas, não nego hahaha), mas quem consegue se concentrar em como a obra vai ficar depois de terminada, visualiza um prédio lindo. As colunas lá dentro são gigantes, e o teto tem desenhos que lembram uma mistura de flores com estrelas (tá foi o mais perto que consegui chegar de qualquer forma), e que serão forradas com murais coloridos.
Na Sagrada Família o mais interessante e divertido é subir nas torres principais, que já estão prontas. A vista lá em cima é lindíssima, você consegue ver a cidade até aonde os olhos conseguem, além de ainda ver parte da obra inacabada de outro ângulo.
Para mim, a sensação de estar lá em cima foi muito marcante, e a proximidade com a obra que Gaudí dedicou a vida foi emocionante. Descendo a torre os detalhes da Igreja ficavam mais próximos, lindo.
Fotos no Flickr. Besos

domingo, 1 de julho de 2007

Fotos

Pessoas
Não estou conseguindo postar as fotos nesse blog. Não sei qual o meu problema com esses sites, ou o deles comigo (porque sim, eu acho que é pessoal), por isso vou postar as fotos no meu Flirck. São poucas, mas é melhor que nada né.
besos

Las Ramblas

Uma das ruas mais divertidas de Barcelona, pelo menos é a minha favorita, são as Ramblas. De acordo com o Michaelis, rambla é uma avenida larga com árvores e passeio central. De acordo com a Nathália, as Ramblas são um passeio central com árvores e uma rua de cada lado. Ponto de encontro dos turistas e catalãos que querem comer algo, fazer compras e se divertir horrores.
A rua tem a maior concentração de fast-foods que ja vi. Mc Donald's, Burguer King, KFC (aqui ainda tem KFC geeeeente), e alguns fasts diferentes como o Pita Fael, que vende lanches como os conhecidos churrascos gregos de São Paulo. Mas além da globlização, na beira do passeio central você pode se sentar e apreciar os tapas - que são como os petiscos de Sampa - super tradicionais na cidade (se você olhar qualquer guia de Barcelona, vai ouvir falar muito de tapas).
Mas o que me chama tanta atenção nas Ramblas sao as intervenções artíticas que acontecem. Por todo lado tem alguém fazendo alguma brincadeira ou atuação, sempre com o chapéu estendido atrás de euros. Tem os que se vestem de Elvis, os que imitam os tempos da discoteca, estátuas-vivas com o mundo nas costas, imitando árvores, marinheiros, todos muito bem maquiados e incorporados às personagens.
O que achei mais engraçado, era um jovem, vestindo um roupão de banho, chinelos e uma coroa de rei. Parado, ele esperava a contribuição de alguém para se mexer e surpreender a quem estava de olho. Aliás, isso é muito curioso nas estátuas-vivas daqui, cada uma faz uma coisa diferente da outra, tem os que dançam, os que saem correndo, os que abraçam o povo. Mas voltando ao "rei", um menino colocou uma moeda e a estátua soltou um grito iiiiiiiiiiuuuuuppiiiiii, comemorando o euro que havia ganhado, e era isso ! hahahaha Uma reação inesperada da estátua e dos que contribuíram, que saiam de perto sem entender nada.