segunda-feira, 30 de julho de 2007

Hotel de Ville

Sempre lia alguma citaçao sobre o hotel, mas sempre simples citaçoes, nada de muito importante, apenas mais um prédio bonito de Paris. Mas vou contar um pouquinho melhor como foi meu encontro com o Hotel de Ville.
O conheci no mesmo dia em que fui tirar fotos da Notre Dame. Fiquei lá a tarde, vi o sol descer pelo Sena. A mudança de luz na igreja, no rio, na cidade, era fantástica. Tirei as fotos, vi o showzinho, no melhor estilo Ramblas, de um povo que mexia com fogo (cuspia, brincava, fazia malabares - só nao sei se fizeram xixi na cama depois), tudo super lindo.
Na hora de ir embora, eu sempre me confundindo com os mapas, fui um pouco mais longe da estaçao de metro que deveria ter entrado, mas foi o melhor que aconteceu naquela noite. Estava caminhando beirando o Sena, até que ele apareceu. A única coisa que conseguia pensar era: gente, que bonito, gente que bonito, gente que bonito. E depois passou para: mas que lugar é esse? Que lugar... Era o Hotel de Ville.
Enoooorme, e todo iluminado, o prédio lembra aquelas estaçoes de trem que sempre aparecem em brinquedos de criança, as paredes clarinhas e o teto escuro, e algumas partes do telhado mais a frente ou acima do resto, lembrando mini-torres.
O prédio foi palco de várias intervençoes francesas pela história. Abrigou o exército de Napoleao em volta das batalhas, viu a proclamaçao da terceira República e foi incendiado pela Comuna de Paris. Hoje ele é sede da Prefeitura.
O último pensamento foi: como ninguém fala que é tao lindo ??? Como... enquanto olhava para o "Liberté, Egalité e Fraternité" na fachada.

Flanar

Se alguém me pedisse qualquer dica de Paris, eu diria apenas: sai andando. O mais legal da cidade é flanar, caminhar sem rumo, porque sempre algo maravilhoso vai aparecer.
A cidade inteira é linda, e tem proporçoes que desconhecemos. Prédios simples, que nao comportam nada de muito especial sao gigantes, totalmente diferentes de Sao Paulo, ou qualquer outra cidade do Brasil que eu já tenha passado.
E foi nas minhas andanças que encontrei o Pantheon, a Sourbone. A sensaçao de se andar por pédios baixos, e de repente, se deparar com uma cúpula dourada, que abriga os grandes homens da França, ou a faculdade que você gostaria de estudar (hihihi) é maravilhosa.
Agora olhem que engraçado. Em volta da Sourbone, todas as lojinhas têm o nome de algum filósofo ou pensador francês. Encontrei a livraria Descartes, a praça Foucault. Impossível nao lembrar do Lira, meu antigo professor de sociologia.

sexta-feira, 27 de julho de 2007

Fotos de Paris

Pessoal
Uma passadinha rápida em Barcelona antes de ir pra Madrid.
E, com a pausa, posso aproveitar o computador para colocar fotinhos de Paris no Flickr.
Tive que criar uma conta nova (o site só permite umas 200 fotos por pessoa, depois tem que pagar), e o endereço novo é:
Besos Chic@s.

segunda-feira, 23 de julho de 2007

Resumao.

É gente... já haviam me dito que fazer mochilao nao era fácil, que fazer sozinha era pior ainda, mas nao imaginava que era tanto trabalho. Desde que me ausentei, milhares de coisas aconteceram. Coisas ótimas, mas as ruins também estao aparecendo com uma frequência maior do que gostaria.
Em Amsterdam eu fui roubada. Estava no café do Hostal, com a minha bolsa na cadeira ao lado. Como estava saindo (ia pra Paris em umas três horas), já tinha feito check out e estava com TUDO lá dentro. Levantei pra pegar um café (ah ah) e quando voltei minha bolsa nao estava mais.
Corre pra Polícia. Demorei pra acreditar no que tinha acontecido, e ia lembrando aos pouquinhos as coisas que estavam lá dentro: meu passaporte, AAAAAH minha câmera, minha boneca da Frida Kahlo !!!!
A Polícia de Amsterdam é outro nível. Acho que se fosse rica, e estivesse no melhor restaurante de Sampa, nao teria sido tratada tao bem. Cancela cartoes, liga pra Embaixada (pra tirar um novo passporte teria que ficar mais tres dias naquela cidade - um pesadelo - a única coisa que queria era ir embora).
Corre procurar net, tenta mudar o vôo pra Paris, mas só poderia fazer isso com o número de algum cartao. Consegui, porem tarde demais, e perdi o vôo.
Depois de um tempo recebi um email da Policia de Amsterdam (estou dizendo que eles sao firmeza): tinham encontrado minha mochila. Meu passaporte estava lá, minha boneca tambem, mas nada de câmera = ( Portanto, nao me peçam fotos de Amsterdam, nao as tenho.
A coisa boa foi que, com o passporte, poderia ir embora no outro dia. Entao, vou de trem rumo a Paris (outra coisa ótima, a passagem de trem saiu mais barato que trocar o vôo). Nesse trem conheci uns mexicanos: Laura, Enrique e Ruben. Iriam ficar em Paris por três dias, e foram uma ótima companhia.
Paris é maravilhosa (nem vem que nao tem, senhorita Juliana). Os monumentos sao de um tamanho inigualável, eu nunca tinha imaginado prédios tao grandes. A Torre Eiffel entao, tem uma energia tao grande, mas tao grande, mas tao grande que achei que a qualquer momento ela iria se mexer, JURO ! Ia comecar a mexer as perninhas e a dançar, como nos desenhos animados.
E estava tudo ótimo, até um colombiano filha da puta mijar na minha mala. Estava no albergue, minhas coisas no chao, e um cara muito bêbado era um dos meus companheiros de quarto. Eles chegaram causando, falando alto, acendendo luz. Até aí tudo bem, porque você está em albergue e se submete a esse tipo de coisa.
Mas eis que chega três da manha e eu escuto: xiiiiii. O CARA ESTAVA MIJANDO NAS MINHAS COISAS !!!!!!!! Filha da puta. A partir daí foi farofa. Corre pra recepçao, os caras sao expulsos do albergue (grande coisa, só iam ficar uma noite mesmo). Eu tive que mudar de quarto, acordar cedo e lavar minhas coisas. Tive que pagar pela lavagem (pq o albergue deu uma de "Joao sem braço", como diz minha avó).
Gente, eu sei que depois que tudo isso passar eu vou acabar amando essa viagem. Eu estou amando na verdade, mas esta difícil viu. Mesmo com tudo isso, esses caras ainda nao estragaram Paris, pra voces terem noçao de como amei essa cidade.

sábado, 21 de julho de 2007

Paris

Gente, perdoe a ausência e o post que será mínimo, mas aqui a net é moooooito cara.

Quando voltar a lugares baratos eu escrevo mais.

Só digo o seguinte, quanto a Paris, sabe os monumentos que você imaginou?
Multiplica três vezes o tamanho deles, o olho até dói pra tentar fazer caber tudo.

Beijos

domingo, 15 de julho de 2007

Amsterdam

Gente. O texto de agora nao é jornalístico, e nem venham falar em erros de português, tenho meia hora e quero contar o que já passei por aqui, entao lá vai:
A Holanda é realmente a Holando que imaginava, sabe aquela dos chocolates Milka e moinhos de vento. Amsterdam visto de cima é quadradinha e organizada... e verde. Nao cinza e um caos como Sampa.
Nossa... pra chegar até a cidade foi uma loucura. Check in, nao quero despachar a mala. PUTA QUE O PARIU, as regras das bagagens de mao. Volta pro check in, "fura a fila", despacha a mala. Vooooa pra Amsterdam.
Chegando lá, tento agendar hotel, ou pelo menos uma lista de albergues do aeroporto. Ih, está tudo cheio (nessa hora o desespero bateu mesmo). "Você pode andar pelo centro que tem um monte de hoteis que nao estao na nossa lista", disse a menina simpática do aeroporto. Vixi, o aeroporto é longe do centro, e eu ainda nao tenho hotel. Tá, entao vamos comprar bilhete do trem para ir pro centro. Ih, num tenho moeda, e vai pra la e vai pra cá AAAAAH e a mochila pesando horrores.
Consegui moedas, consegui o bilhete. O trem parte em três minutos. TRÊS???? Corre pra plataforma. Procura procura procura. Achei a plataforma, o trem ja tinha partido, mas descobri que podia pegar o próximo... UHU.
Anda anda anda. Consegui ! Um albergue, barato e com café da manha incluso. A mochila da minha cabeça passou a pesar menos, agora era só a das costas. Procura o hotel, encontra o hotel. Nas andanças eu vi muitos coffe shops, senti muito cheiro de maconha e ainda vi as prostitutas na vitrine !!!!
Albergue. Agora, bora avisa pro povo que esta tudo bem. Come e dooorme. Nao dava pra fazer mais nada a tarde, pelo menos nao se eu quisesse fazer algo a noite.
Descansada, já posso fazer algo. Rodei por perto do hotel, fui na casa da Anne Frank.
Gente, em Amsterdam o povo é mais louco que o Batman, os que usam drogas e os que nao usam nada. Todo mundo é meio doido, nem consigo explicar. Posso tentar outro dia, que tiver mais tempo, porque agora só tenho "7 minutes left".

quinta-feira, 12 de julho de 2007

Los Krokodillos

Eis que estou caminhando pelas ruas de Barcelona e vejo um piano, assim, lá no meio. Ainda caminhando vejo um moço mexendo num instrumento que parece ser um banjo e um outro cara com colete esquisito, que lembrava aqueles instrumentos que as crianças tocam na aula de música na quarta série (pelo menos eu tocava).
"Eita!" pensei, "eles vao fazer uma jam session". O bom de férias é isso, nenhum compromisso, nada te apressando, parei pra ver o showzinho deles. Apareceu mais um moço com uma tuba e uma menina tocando clarinete (genten, perdoem qualquer erro aqui, eu nao manjo nada de instrumentos, entao se disse alguma bobagem, me corrija, mas sem julgamentos, por favor).
O show deles foi ótimo. O cara que tocava o suposto banjo também cantava, fazendo caretas e imitando sotaque bem do sul dos Estados Unidos. Haviam os que passavam e ainda diziam "olha, ele está cantando", tamanha era a surpresa que tinham por escutar aquele som tao diferente. A platéia que se aglomerou pelo calçadao de vez em quando soltava gritos e acompanhava o grupo com palmas.
A cada solo, o público conseguia notar o talento dos músicos que estavam por ali, e cada vez mais moedas eram deixadas na caixa do banjo. Crianças cheias de vergonha depositavam seu troquinho, incentivadas pelos pais, que estavam adorando o som. Os jovens que estavam passando também nao deixavam por menos.
A menina do clarinete, vez em quando, mostrava os cds da banda, para quem quisesse comprá-los. Até que a certo momento notei uma senhora muito empolgada com a música. Ela era toda simpática e tinha uma bolsa com uma versao pop arte do coelhinho da playboy, o que me chamou muita atençao, "que prafrentex a velhinha" pensei.
A velhinha ia se empolgando cada vez mais, e certa hora ela ficou ao lado do piano, começou a mexer nas coisas, pegava alguns cds, faava algo com a menina do clarinete, que nao respondia pois estava com o clarinete na boca. (Olha, a velhinha quer comprar o cd, que bacana. Mas ela nao poderia esperar um pouquinho? Agora a moça num pode responder). Nessa hora a velhinha ja estava com os dedinhos no piano (Geeente que velhinha louca). Desistiu de tocar, pegou os cds de novo e começou tentar vender (aaaaaah, ela está com eles).
A banda fez muito sucesso na calçada em que estava. E a velhinha foi alvo de diversas máquinas fotograficas, além de vender alguns cds.
Fotos de Los Krokodillos no Flickr.